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O cheiro azedo da grama:
Com linguagem cortante e visceral, O cheiro azedo da grama mergulha nas entranhas da experiência do luto de uma mãe.
A protagonista-narradora, Carmen, revisita a dor mais inominável: a perda da filha Aline. Alternando entre o presente anestesiado pelo luto e memórias carregadas de amor, raiva, culpa e desejo, o romance constrói um retrato inquietante de uma relação entre mãe e filha como território de conflito entre identidade, expectativa social e sobrevivência emocional.
Luiz Henrique Dourado entrega um romance poderoso, ácido e desconcertante sobre as relações que atualmente temos com os tantos fingimentos possíveis nas redes sociais. Com humor ácido e lirismo dilacerante, o autor desmonta mitos afetivos, expõe as violências invisíveis do cotidiano e questiona os limites da linguagem, da sanidade e do amor.
Mais do que um livro sobre luto, O cheiro azedo da grama é um grito contido ― ou o silêncio que fica depois do grito.
Há uma lápide com o seu nome:
Em seu romance de estreia, a escritora sergipana Camilla Canuto, questiona o papel da mulher ao mesmo tempo que narra a rotina de uma família marcada pela incomunicabilidade. Assim é, ao menos, para Adelaide, uma mulher cotidianamente cerceada pelo marido e incompreendida pela filha, e uma das personagens centrais do livro Há uma lápide com o seu nome.
Neste romance conciso e arrebatador, acompanhamos o desenrolar do dia a dia de uma família – notando os excessos e faltas do pai, a amargura da mãe, o ressentimento da filha. É neste farfalhar das cortinas da intimidade que a sergipana Camilla Canuto lança seu livro de estreia, Canuto costura uma história delicada, comovente e repleta de episódios que povoam as realidades familiares, sem retratá-las como lugares-comuns.
Assim é, ao menos, para Adelaide, uma mulher cotidianamente cerceada pelo marido e incompreendida pela filha, e uma das personagens centrais do livro Há uma lápide com o seu nome. Canuto, costura uma história delicada, comovente e repleta de episódios que povoam as realidades familiares, sem retratá-las como lugares-comuns. E, já no início da obra, compreendemos o acontecimento que junta o destino desses três personagens: uma gravidez indesejada. Antes de completar quinze anos de idade, Adelaide revela a João que está à espera de um filho seu; já nas primeiras linhas do romance, damo-nos conta de que João não deseja que a criança venha ao mundo, mas, a despeito de tudo, nasce Alice.
Cresce em meio a uma configuração familiar em que impera não o amor, mas sim a negação das singularidades da mãe, as ausências e exigências do pai, um sujeito violento, e as mágoas próprias de Alice, causadas pela sensação de não ser apreciada pela mãe. De sua parte, Adelaide não raro expõe o vazio da própria existência – apesar de, ainda assim, preparar todos os dias a comida do marido, passar suas roupas, manter a limpeza da casa e efetuar as mais variadas tarefas domésticas. Sentindo-se culpada pela infelicidade da mãe, Alice vai se tornando cada vez mais ressentida, calada e alheia, parecendo encontrar apenas no companheiro, Júlio César, afeto e alegria.
Em uma narrativa emocionante e permeada de pequenos segredos, Canuto constrói uma obra que perpassa passagens marcantes da vida dos personagens que conduzem o livro, dando ênfase à solidão de Adelaide, sua desumanização e descontentamento.
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