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A (difícil) arte de traduzir

No dia 2 de fevereiro de 22 completa-se uma centena de anos que um dos romances mais intraduzíveis da humanidade foi editado: Ulisses, de James Joyce.

Mas aí nos perguntamos: a tradução não é o ato de pegar uma palavra de outra língua, abrir um dicionário – ou acessar seu conhecimento prévio – e coloca-la em nosso idioma?! A questão é um pouquinho mais profunda.

Toda língua carrega em si ideias, sentimentos, vivências e sentidos que, muitas vezes, demandam uma experiência de mundo específica. Sabemos que existem experiências universais e sentimentos comuns à humanidade em geral, mas tente traduzir uma gíria, por exemplo, para outro idioma.

Aqui entra o ofício do tradutor. Falo em ofício, mais que profissão, pois o profissional da tradução está para a palavra como um ourives está para uma joia complexa e intrincada que, mais que um “passador” de palavras, traduz ideias e emoções e, se nos deparamos com algo que parece intraduzível como Joyce, esse profissional vai adaptar ao nosso entendimento esse discurso.

Um bom tradutor é capaz de:

  • transformar conceitos no idioma de origem em conceitos equivalentes no idioma de destino.
  • coletar informações, como termos usados em contextos diversos, em glossários e termos necessários para serem usados em traduções.
  • transmitir estilo e o tom da língua original.
  • fornecer mensagens faladas precisas, rápidas e claras.

O tradutor é, antes de tudo, aquela pessoa humildemente invisível, que transfigura a própria voz na voz do autor e se anula diante da escrita. Quer ver um exemplo? Peça a uma pessoa que não trabalhe no mercado do livro e não seja um entusiasta, para enumerar ao menos 3 tradutores. Garanto que a resposta será um tanto complicada. E, no fim das contas, quando isso acontece, temos a certeza de que o trabalho foi bem cumprido.

Conta pra gente, qual o livro traduzido que você mais gostou de ler?

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