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A vida afinal: A vida afinal é uma obra corajosa e comovente que enfrenta as conversas que a maioria evita: aquelas sobre doenças graves, o fim da vida e a morte.
Misturando relatos pessoais, reflexões filosóficas, análises jurídicas e médicas, Cynthia Araújo ― advogada da União e pesquisadora em Bioética ― convida o leitor a repensar a forma como lidamos com a finitude, o adoecimento e as decisões que cercam os tratamentos médicos em estágios avançados de câncer.
Com linguagem acessível, afetuosa e precisa, o livro denuncia as ilusões mantidas por sistemas médicos e jurídicos que, muitas vezes, oferecem promessas terapêuticas frágeis em nome da esperança, enquanto negligenciam o direito à autonomia, à dignidade e à informação verdadeira. Ao narrar experiências reais de pacientes, profissionais de saúde e suas próprias vivências familiares, a autora propõe uma mudança de paradigma: mais do que prolongar a vida a qualquer custo, é preciso promover o melhor possível do tempo que resta.
Entre conversas difíceis demais para serem ditas em voz alta e verdades que ainda nos amedrontam, A vida afinal é um manifesto ético e humanista sobre viver com sentido, mesmo (ou sobretudo) diante do fim.
Para morrer como um passarinho: Na jornada de Daniel, o leitor vai se deparar com o cotidiano de um estudante de medicina que, junto a uma equipe de paliativistas do SUS, assiste a pacientes – em sua maioria, pessoas periféricas, carentes tanto de suporte econômico quanto de suporte psicológico.
Se a finitude da existência ainda é um assunto tabu em nosso cotidiano, as dores e as angústias (tanto físicas quanto morais) que, muitas vezes, antecedem a morte, constituem temáticas ainda mais interditas na sociedade.
Para morrer como um passarinho é um livro ousado porque, com imensa delicadeza e espantosa desenvoltura, trata de dores, ansiedades e precariedades. Em relatos pujantes que remetem ao melhor da crônica brasileira, seu autor, o estreante Daniel Dornelas, encara a morte e os sofrimentos pré e pós morte. Mas também trata, em seu livro, de amizade, carinho, amor, fraternidade, solidariedade. Em outras palavras, trata de morte e trata de vida; da quase morte; da morte em vida; e da fé que crê na vida após a morte física.
Para além disso, o autor também aborda como as situações que envolvem as doenças abalam e modificam as estruturas familiares. Cabe ressaltar, entretanto, que, de maneira surpreendente e sempre eivada por um tratamento estético refinado e poético, as crônicas de Daniel Dornelas combinam delicadeza e amorosidade. Com efeito, este médico-narrador demonstra, em sua escrita, uma enorme e inegável ternura por seus personagens pacientes: tratar, cuidar, amparar são verbos que constantemente fazem parte das ações do paliativismo presente nas histórias narradas.
As crônicas de Para morrer como um passarinho tratam da morte, mas tratam, sobretudo, da vida. É um livro que, ao decidir enfrentar a morte, celebra a vida e tudo que dela advém – inclusive o seu final.
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