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A vida é uma série de acontecimentos estranhos e mágicos:
Neste novo livro, Rodrigo Santos envereda pelo gênero conto e traz histórias instigantes e envolventes, que deixam os leitores intrigados com fatos e situações relatados. A construção literária empreendida pelo autor é particularmente feliz: a linguagem é envolvida pela aura da oralidade, de modo que o leitor fica a reboque das falas e das histórias narradas.
Munido do estilo que o consagrou, o autor congrega contos nos quais as personagens, em sua maioria vinda de classes populares, transitam por realidades que se mostram fantásticas. Rodrigo traz ainda narrativas nas quais os personagens se misturam com ícones da cultura pop, como Elis Regina, Renato Russo ou Karen Carpenter, construindo histórias que, seja no espaço das grandes ou das pequenas cidades, enredam os leitores a partir de ângulos originais, curiosos e criativos.
A Ilha Fantástica:
Mas afinal de contas, é um romance? Ou uma coletânea de crônicas? São contos que se complementam uns aos outros? Ou seria um livro de memórias?
Em A ilha fantástica, Germano Almeida, escritor caboverdiano laureado com o Prêmio Camões, quebra paradigmas e constrói uma narrativa fluida e de leitura deliciosa que pouco parece se importar com as grades e as limitações dos gêneros. Vistas sob o ponto de vista de um narrador infantil, as histórias d’a ilha fantástica transitam entre o drama, o macabro, o humorístico e o terno.
Resgatando práticas que remetem à oralidade, o autor, ao mesmo tempo que nos apresenta costumes, hábitos e especificidades de Boa Vista, uma das ilhas que compõem o arquipélago de Cabo Verde – e vale lembrar que se “Cabo Verde está no cu do mundo, Boa Vista está no cu de Cabo Verde”, como afirma o texto mais de uma vez. Mas, se assim é, como um universo aparentemente tão distante e específico pode interessar o leitor de realidades tão diversas? Fato é que a humanidade que explode das personagens da Vila registrada no livro ultrapassa em muito o folclórico, o regionalista ou o pitoresco, porque Germano Almeida, tal qual um pintor impressionista, com pinceladas delicadas e ágeis, constrói um vasto painel permeado por personagens cuja humanidade é universal.
Vida, morte, sexo, miséria, tragédia, inocência, pureza, traição: não são esses temas que tocam os seres humanos de todos os tempos e de todos os lugares? Pois são esses e muitos outros que saem da Boa Vista almediana e encontram o leitor brasileiro que, agora, tem a oportunidade de usufruir dessa pérola da literatura em Língua Portuguesa.
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