Quem enuncia um “Escute” inscreve-se no tempo entre o apelo à intersubjetividade e uma palavra de ordem. Primeiro, esse “escute” não é mais que um indício, que torna o ouvido sensível ao apelo do verbo. Depois, a revelação de um segredo, a necessidade de uma decodificação em busca de um sentido. Nesse dublo deslocamento, entre a palavra do porta e o silêncio do espectador, o que se pode escutar?