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Em um momento no qual conceitos como “Colonialidade”, “Descolonialidade”, “Decoloniedade” e “Contracolonialidade” estão na ordem do dia, Olivier Marboeuf, em Fugas Decoloniais, foge de explicações estereotipadas e lugares-comuns acadêmicos. Com uma análise arguta e inteligente, pautada em sólidas referências, o autor apresenta, através de “lições” e “conversas”, como as estratégias da cultura e da economia neoliberal se esforçam por manter as estruturas das esferas coloniais.
O resultado é um estudo incontornável para todas as pessoas que desejam refletir não apenas acerca das manipulações da Colonialidade, mas também como as resistências a ela realizadas podem vir embaladas em invólucros falsamente renovadores.
Impressiona, neste livro, como reflexões e conceitos trazidos por um pensador francês dialogam tanto com a realidade brasileira. Ao trazer questões da cultura contemporânea, Marboeuf não apenas menciona e analisa o Sul global, mas também traz à luz de seus pensamentos estratégias de aquilombamento, num diálogo – ainda que não necessariamente intencional – com os estudos da antropóloga brasileira Maria Beatriz Nascimento. O resultado é uma obra perspicaz e provocadora, necessária para todas as pessoas que desejam compreender a ordem sociocultural contemporânea.
Ao estudar o mundo da arte não mais como um espaço de emancipação, mas como um dos locais estratégicos da continuidade colonial, o livro de Olivier Marboeuf causou grande impacto quando foi lançado na França. Em poucos anos, tornou-se uma ferramenta de referência para desconstruir os discursos de visibilidade das minorias e as políticas de diversidade cultural das grandes instituições.
Olivier Marboeuf é autor-narrador, artista, curador independente, teórico cultural e produtor de cinema de Guadalupe. No início da década de 1990, junto com o autor franco-beninense Yvan Alagbé, fundou a éditions Amok (atualmente Frémok), uma editora de quadrinhos de pesquisa que lançou o lendário café literário parisiense Autarcic Comix. De 2013 a 2024, também foi produtor de cinema na Spectre Productions, onde produziu cerca de sessenta filmes de artistas e documentários em vários formatos. Atualmente, divide seu tempo entre escrita, desenho e atividades relacionadas a práticas de arte colaborativa. É membro fundador da Réseau Indépendant des Travailleur-euses et Acteur-ices de l’Art (RITAA) na Guadalupe, membro do RAYO, um programa de pedagogia experimental no Grande Caribe, e integra o conselho internacional da Akademie der Künste der Welt de Colônia.
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