[…] A coletânea de ensaios publicados por João Tiago Lima sobre o assunto preenche com brilho parte dessa imperdoável lacuna e decerto estimulará o desenvolvimento de outros estudos do mesmo gênero. Assim, quando recebi o convite para fazer uma curta apresentação deste Jogar sem bola, fiquei de imediato seduzido pelo subtítulo, exatamente por reunir áreas normalmente separadas na história do pensamento: “Literatura, filosofia e futebol”. Substituindo-se a palavra futebol por jogo, tem-se a dimensão das reflexões que o autor intenta compor, com recurso a, entre outros, Heráclito, Martin Heidegger, Friedrich Nietzsche, Jacques Derrida, Kostas Axelos, Eduardo Prado Coelho e Herberto Helder. Com isso, abre-se a possibilidade de se desenvolver um verdadeiro pensamento lúdico ou desportivo. […]