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Quando a cultura popular invade os livros

Vamos bater um papo sobre cultura popular e livros...

A literatura e o livro, por muito tempo, foram vistos como espaços reservado às elites, com narrativas e linguagens complexas. No entanto, nos últimos anos, tem-se observado uma crescente valorização das culturas populares em nossa sociedade. Essa tendência encontra eco nas palavras de autores como Luiz Antônio Simas, Luiz Rufino e Socorro Acioli.

Fica clara a necessidade de democratizar o acesso à leitura e de construir pontes entre a chamada alta cultura e as manifestações populares. Ao incluir elementos do cotidiano, da oralidade e de diferentes linguagens, os autores contemporâneos enriquecem o universo literário e o tornam mais próximo da realidade de seus leitores.

Ao dar voz a personagens e histórias que antes eram marginalizados, a literatura contribui para a valorização da diversidade cultural e para a promoção do respeito às diferenças. Além disso, a inclusão de elementos da cultura popular torna a leitura mais prazerosa e acessível, incentivando um público mais amplo a se conectar com os livros.

Diversos autores brasileiros e estrangeiros exploraram as culturas populares em suas obras, enriquecendo a literatura com temas e personagens que refletem a realidade de diferentes grupos sociais.

Um exemplo marcante é a obra de Jorge Amado, recheada da urbanidade e das culturas das ruas de Salvador. Já na atualidade, temos o pesquisador e escritor das miudezas das ruas Luiz Antonio Simas, que, através de seus personagens e enredos, retrata os costumes, as tradições e as lutas de um povo, contribuindo para a construção de uma identidade nacional.

A linguagem utilizada em livros que abordam culturas populares é um fator fundamental para sua compreensão e apreciação por um público mais amplo. Ao utilizar uma linguagem mais próxima da oralidade e incorporar elementos da cultura popular, os autores conseguem criar uma ponte entre o mundo da literatura e o cotidiano dos leitores.

Um excelente exemplo dessa linguagem mais popular é o novo livro de Luiz Antonio Simas, intitulado 7 Cordéis brasileiros, onde o autor lança mão de linguagem do cordel para narrar nossa brasilidade a partir das oralidades.

Sobre o Autor

Luiz Antônio Simas é carioca, filho e neto de pernambucanos e alagoanas. Mestre em História Social pela UFRJ, professor de história, educador popular, escritor, poeta e compositor, tem mais de trinta livros publicados sobre culturas de rua do Brasil. Desde a publicação de seu primeiro livro, O vidente míope (Folha Seca, 2009), foi finalista do Prêmio Jabuti em três ocasiões, com as obras Coisas nossas (José Olympio, 2017), O corpo encantado das ruas (Civilização Brasileira, 2019) e Sonetos de birosca e poemas de terreiro (José Olympio, 2022), seu primeiro livro de poesia. Foi ganhador do mesmo prêmio na categoria Livro do Ano de 2016, em parceria com Nei Lopes, pelo Dicionário da história

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