A literatura de autoria e temática negro-brasileira ganhou, no século XXI, grande destaque nas livrarias, bibliotecas escolares e editoras. Esta produção passou a ser vista, lida e em especial celebrada, como em uma resposta direta e forte frente a décadas de esquecimento e apagamento.
Entre os ícones deste especial e importante movimento está a escritora Conceição Evaristo. Nascida em Minas Gerais e radicada no Rio de Janeiro, Evaristo estabeleceu o conceito de “Escrevivência” e, ano após ano, tem extrapolado fronteiras reais e subjetivas, alcançando grande reconhecimento frente à crítica e ao público. A tarde de autógrafos de Macabéa, flor de Mulungu, seu mais recente livro, realizada no último dia 27 de julho, foi uma celebração à vida, à alegria e ao talento desse nome incontornável: com efeito, é impossível falar da Literatura Brasileira contemporânea sem que a obra de Conceição Evaristo seja mencionada.
Na rua, local mais que adequado para as massas e para celebração, a Editora Oficina Raquel promoveu uma festa tipicamente carioca, com roda de samba, intervenção poética, abraços e um banho de literatura e afeto. Na semana em que se comemorou o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, o beco João Inácio recebeu e festejou uma mulher negra que se movimenta e movimenta outras através de sua literatura.
A tarde de autógrafos de Macabéa, flor de Mulungu foi marcada pelo enorme abraço dado à Conceição Evaristo. A rua, o samba e a poesia se reuniram em uma tarde ensolarada para celebrar não apenas a literatura negro-brasileira, mas também todas as autoras e todos os autores ali representados de alguma forma.
“Mulheres como Macabéa não morrem. Costumam ser porta-vozes de outras mulheres, iguais a elas.” Conceição Evaristo
Conheça o livro no site da Oficina Raquel, na Amazon ou nas livrarias.